quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Viagem Chiang Mai – Luang Prabang

É por causa de dias como este que eu penso “Mas onde raio é que eu me vim meter? Estava tão bem em casa...”. Felizmente, aquela frase feita sobre a felicidade não ser um destino, mas um caminho não anda a encaixar lá muito bem nestes dias. Felicidade é ver que os pequenos paraísos estão escondidos por quilómetros de desafios.

Uau, não digo mais nada tão bonito hoje. Até porque o que tenho para contar agora é mais coisa menos coisa, isto: 21 horas de viagem em autocarro. Pronto, já disse e continua a doer aqui de lado.

Nós sabemos que há outras formas de fazer a viagem entre Chiang Mai, na Tailândia, e Luang Prabang, no Laos (no Laos ou em Laos...?). E não, não nos consideramos masoquistas. Mas gastar dinheiro num avião é luxo a mais porque já o vamos fazer para o Vietnam e atravessar o Mekong de barco é gastar dois dias, que é coisa que também não temos. Ainda ponderámos a hipótese de seguir as dicas que vimos num blogue, mas implicava andar a trocar de transporte quinhentas vezes, muitas delas de madrugada. E andar à procura de paragens de autocarros às cinco da manhã para poupar apenas sete euros não nos pareceu uma vantagem por aí além.

Portanto, saída às dez da manhã num minibus (uma coisinha muito prática, muito cómoda que o turismo português podia considerar) e mais uns quantos caramelos como nós, chilenas e ingleses, que nos levaria à fronteira.


Com uma passagem pelo Wat Rong Khun, mais conhecido por Templo Branco, em Chiang Rai. Quinze minutos a correr, mas foi uma passagem que valeu a pena: é mesmo bonito! Um bocado mórbido, com umas estátuas agressivas, mas é isso que o torna mais interessante que os outros.



Do minibus para o pequeno ferry que nos levou à outra margem e nos ofereceu uma paisagem nas nossas costas que aquece a alma: o rio Mekong e a Tailândia ao pôr do sol. Isso sim, é um luxo. Sim, senhor da imigração, pode demorar o tempo que quiser a ver se nos deixa entrar no seu país. Nós ficamos bem aqui.






Às seis da tarde estávamos a entrar naquilo a que eles chamam de “autocarro VIP”. Oh pá, pelo menos deve ter uns bancos assim confortáveis, comida...não? Ah, nem casa de banho? O vosso VIP são essas cortinas folclóricas e as luzes tunning? Vai ser bonita esta viagem de...12 horas!



Que foram mais que isso, por causa das paragens para aliviar necessidades básicas. E aqui chega o momento preferido do Daniel. Da primeira vez que parámos ninguém sabia para que era, até aparecer uma carinha de menina nas escadas a dizer num guinchinho: “Toillet!”. Saídos do autocarro, estamos no meio do nada, iluminados apenas pelo autocarro. Claro, perguntamos: “Where?”. “Anywhere!” Ahhhhh, bom! A casa de banho do “autocarro VIP” é free style. Está bonito. Ainda hoje dou com o Daniel a rir-se sozinho à custa deste momento.


Ainda parámos para jantar numas barracas que apareceram no meio do nada, mas aos poucos foi toda a gente adormecendo. Toda a gente menos eu, claro. A sério que não podias dormir pelo menos uma ou duas horas? Vais mesmo ficar 12 horas acordada? Vais.

Já depois das sete da manhã, lá chegámos à bendita terra e eu só rezava para que pudéssemos fazer o check in antes da suposta hora. O meu reino por uma cama! Ah, espera que o Daniel há muito não tinha o seu momento divertido de discutir preços de tuk tuks... Já está? Vamos lá em busca do hotel perdido.

2 comentários:

  1. Bem, são 3 (am!) e acabei de ler os posts todos aqui! Grandes fotos e grandes textos!!! Para os próximos dias espero que o Daniel encontre um WC decente e que a Cláudia consiga dormir finalmente!!! I'm hooked!

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    1. ahah obrigado mate! Acho que não é desta! tens de ler o próximo post que fala da nossa viagem de ontem para hoje.

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