Dia de levantar cedo para nos juntarmos numa
bela de uma excursão...a quatro. Connosco, uma espanhola cujo namorado estava
em Portugal, em Sagres, a surfar, e um guia que comia palavras e dizia
“potafou”. Acertaram, hoje fomos visitar as...”waterfalls”. Mas não vamos ser
injustos que o senhor até mandava umas piadas engraçadas (durante 30 segundos
ainda a acreditar que nós – turistas – éramos mordidos por mosquitos e ele não
porque nós bebíamos muito leite e ele se alimentava muito à base de chili...).
O segundo ponto da excursão foi o Doi
Inthanon, uma bela de uma montanha, fria (imagine-se! Frio na Tailândia...) e
com direito a parque natural para glorificar os seus 2565 metros e o título de
ponto mais alto do país. Com tanto nevoeiro é difícil perceber, mas acredito
que ali em baixo, a essa distância que vocês dizem, estão pessoas.
A maior parte do tempo foi “perdida” nos
templos construídos para o rei e para a rainha. Não foi perdida que o espaço é
bonito, vá. O culto aos reis é uma coisa impressionante neste país. A
quantidade de posters gigantes, de altares em qualquer canto da rua, de fotografias
em porta-retratos nas lojas... Quer-me parecer que andamos a dar pouca atenção
ao nosso D. Duarte.
A história desta parte da visita resume-se a
duas expressões: “selfie” e “duck face”. Oh meninas, a sério, não, não estão a
ficar lindas e super sexys. É que se ainda disfarçassem... O Daniel apanhou uma
delas, mas tramou-se que ela fê-lo tirar uma foto ao lado dela. Já o estou a
imaginar num álbum de Facebook com o título “Euxinha & ...”.
Ao almoço, a espanhola, a Carlota, falou-nos
do verdadeiro Night Bazaar de Chiang Mai, onde ela tinha sido arrastada para um
dos famosos shows das (dos?) Lady Boys. Basicamente, travestis. Se bem que já
ouvi dizer que há aqueles que chegam efetivamente a fazer a operação para mudar
de sexo. E pouca gente dá por ela. Salve seja. Uma indústria próspera na
Tailândia. Isto é que é levar o país para a frente.
A visita terminou com uma passagem algo
ridícula à Karen Village, uma aldeia onde o interessante é a produção de café
e, claro, arroz. Além da micro fábrica de tecelagem onde as meninas produzem os
lenços, toalhas e sacos tradicionais. Porque andar a visitar a casa das pessoas
como se de um museu e de marionetas ou bichos estranhos se tratasse... Viva a
tradição.
Um apontamento: os cães deste país são
drogados pelos tailandeses? É que os animais passam a vida deitados, na mesma
posição, e nem que cheguemos perto eles reagem. Isto era capaz de dar jeito a
muita gente...
À noite lá nos esforçamos no desenho para que
o senhor do tuk tuk nos levasse ao verdadeiro Night Bazaar. “Yes, não faço
ideia do que estás a falar, mas vou levar-te a dar uma voltinha pela cidade na
mesma”. Ao domingo, o mercado muda-se para o centro de Chiang Mai sob o
pseudónimo de Sunday Night Market, mas, de resto, nada muda. Barracas. Roupa. Comida.
Souvenirs. Mosquitos. É animado, mas é mais um para fazer o turista gastar
dinheiro.
A seguir: a aventura continua em Laos. E só a
viagem vale um post único.
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